Metade Verdadeira

Entre o caro e o barato, a maior parte das pessoas vai preferir o barato, lógico! Esta escolha apenas faz parte da natural racionalidade de querer fazer seu dinheiro valer sempre mais. Sabendo disso, a propaganda vem com aquele apelo fortíssimo de que um determinado produto ou serviço está sendo oferecido su-per-ba-ra-to, com um preço imperdível! Antes fosse…

Metade Duvidosa

Muitas vezes não há a menor coerência financeira da oferta em si, porque deixa de apresentar qualquer vantagem real para o bolso! O termo barato sempre atrai a atenção do comprador e o seduz, mesmo quando não condiz com uma oferta de preço mais baixo, de fato. Então eu pergunto: o que deveria ser considerado realmente barato para quem trabalha de forma esforçada e dedicada para fazer o dinheiro chegar até seu bolso? Na minha modesta opinião: NADA!

Pura Verdade

Não há nenhuma oferta que seja tão arrasadora que justifique uma compra precipitada e desnecessária, que vai tirar dinheiro do seu bolso e não vai agregar qualidade a sua vida! Na prática, não existe nenhuma promoção verdadeiramente imperdível, porque depois de qualquer uma delas que você tenha eventualmente perdido, virão outras e mais outras, possivelmente ainda melhores que suas antecessoras, porque a competitividade no comércio não acaba nunca. Aprenda a dar mais valor ao seu dinheiro, porque ele é fruto do seu trabalho sagrado. E seu trabalho tem muito valor… não tem?!

Risque o termo “barato” do dicionário e dê mais valor ao seu trabalho, revalorizando seu dinheiro!

CONHECIMENTOS LOCALIZADOS
INSTRUMENTAIS DE CAPACITAÇÃO

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Risque o termo barato do seu vocabulário: para quem paga as coisas e as experiências de sua vida com trabalho suado e honesto, nada pode ser considerado essencialmente barato. Se você estiver mesmo diante de um negócio favorável, prefira expressões como “este preço está atraente”, ou “este desconto parece bom”, ou ainda “nestas condições a compra (o negócio) vale a pena”.

Ao se comunicar de forma correta quanto ao valor do dinheiro você fará crescer o respeito pelo seu trabalho e verá aumentar sua autoestima financeira. Ao se posicionar com firmeza, você também estará sinalizando para os vendedores que não é o tipo de consumidor que empata seu rico dinheirinho em qualquer proposta financeiramente indecente… então é melhor capricharem de verdade na oferta!

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Pense sempre em quanto trabalho uma determinada mercadoria irá lhe custar. Uma pessoa trabalha cerca de oito horas por dia: considerando que ela leva uma hora para deslocar-se ao trabalho, e depois mais uma hora na volta para casa, serão 10 horas diárias empregadas no trabalho. Tomando por base 20 dias úteis por mês, isso totaliza cerca de 200 horas mensais empenhadas no trabalho. Não é pouco tempo…

Digamos que o salário líquido desta pessoa seja de R$ 2 mil mensais: a divisão dos ganhos do mês pelas horas trabalhadas indica que tal profissional precisa dedicar uma hora inteirinha de trabalho para fazer chegar a si uma notinha de R$ 10,00. Daí fica fácil perceber que uma bolsa de R$ 100,00 consome um dia inteiro de trabalho, enquanto um tênis de R$ 299,00 custa 30 horas de trabalho para ser comprado! Isso vale pouco? Isso pode ser classificado como… barato?

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Lembre-se sempre de como seus antepassados, seus pais, avós ou bisavós, provavelmente sofreram na vida para que você pudesse ter melhores condições de estudo e acesso ao maravilhoso mundo do consumo, indo além da mera sobrevivência, usufruindo de conforto, segurança, lazer e prazer (que eles tiveram pouco)! Valorize a memória de seus antecessores ao revalorizar os frutos do seu trabalho, jamais agindo como se dinheiro fosse algo fácil de ganhar: para eles não foi… e para você também não é!

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Pense ainda nos seus sucessores: qual o exemplo que você poderá lhes deixar de respeito ao dinheiro e o trabalho que está na sua origem? E tem mais: ao dar o correto valor ao dinheiro você saberá viver melhor com menos, conseguirá poupar mais e assim poderá preparar adequadamente sua aposentadoria, dando a seus filhos a tranquilidade de não precisar do dinheiro deles para pagar suas contas lá na maturidade. Que baita alívio para os seus descendentes, hein?!

Talvez ainda melhor: pense no quanto você poderá beneficiar seus herdeiros se fizer para eles uma poupança para sua faculdade, se puder ajudar financeiramente na montagem de um negócio próprio, ou ainda contribuir para a aquisição da sua casa própria. Tudo isso será possível, mas só mesmo se você souber valorizar o dinheiro, e o poder de compra que ele traz dentro de si, empoderando-se a cada nova decisão de compra do dia a dia!

 

EMPODERAMENTO FINANCEIRO é… quando você vê um destes anúncios de propaganda destacando o adjetivo “BARATO”, e rebate com firmeza: “Para quem ganha dinheiro honesto nada é barato, porque tudo CUSTA TRABALHO… e meu trabalho VALE MUITO”!

Prof. Marcos Silvestre

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