O artifício de inflar descontos para turbinar vendas, embora disseminado por todo o comércio, é mais comum em determinados segmentos, como a moda de vestuário, por exemplo. No lançamento da coleção de verão, que ocorre ainda durante o inverno, os preços-meta anunciados (preços de etiqueta), são o dobro (ou mais) do valor normal da peça, aquele que é o preço de venda de equilíbrio, almejado pelo próprio comerciante como preço que lhe convém.
Daí os consumidores mais endinheirados, os mais afoitos ou aqueles simplesmente menos sábios, concordam prontamente em pagar este valor, pela fugaz “exclusividade” de ter os produtos da coleção nova antes que o grande público possa ter. Esgotado este ciclo, ainda durante a própria estação, os descontos exuberantes (e ilusórios!) chegam a 50% ou mais, fazendo a mercadoria simplesmente retornar ao seu preço correto, ou seja, o seu real valor de mercado. Para muitos, o desconto acaba parecendo super vantajoso, e aí quem nem estava pensando em comprar… cai na pegadinha! Mas vocênão vai cair nessa, vai?
Não se iluda com o tamanho do desconto, foque em descobrir se há vantagem concreta na oferta!
Muitas vezes as armadilhas são elaboradas por quem menos acreditamos que pudesse ser.