Metade Verdadeira

Crédito é bom e todos querem. Ter acesso ao crédito nos faz sentir mais respeitados, mais valorizados, e também mais fortificados nas nossas possibilidades financeiras. Tudo isso está correto: afinal, normalmente acaba tendo maior acesso ao crédito quem ganha melhor, quem arca com suas obrigações em dia, quem tem “bom nome” no mercado. Todas estas características associadas com o acesso ao crédito apontam para a prosperidade, e gostamos disso.

O crédito bem trabalhado pode, de fato, nos levar a pequenas e grandes conquistas que são determinantes para nossa felicidade e bem-estar. Pense na importância do crédito imobiliário para ajudar você a comprar sua casa própria. Pense como o crédito cooperativo ou o crédito consignado pode ajudar você a decorar e equipar seu lar. O próprio cartão de crédito, por exemplo: não é um jeito prático, seguro e muito organizado de pagar suas compras, seus gastos, e até suas contas? Sabemos que sim.

Metade Duvidosa

Se é bom… então quanto mais, tanto melhor, certo? Este é o raciocínio de algumas administradoras de cartão quando nos oferecem o mais alto limite que cabe dentro das fronteiras da análise de crédito que tais instituições fazem do nosso CPF. Acaba sendo, também, a forma de pensar dos consumidores mais empolgados, aqueles que não organizam sua vida financeira para cultivar nela um saudável equilíbrio. Pois atenção: há casos na vida da gente em que menos pode significar mais.

Nem tudo o que é essencialmente bom para nós é ainda melhor em maior quantidade. Veja: em dose moderada, quando o vírus de uma determinada doença é inoculado em nosso corpo através de uma vacina, ele pode nos ajudar a criar resistência, protegendo-nos contra a doença. O mesmo vírus, presente em quantidades maiores, pode acabar justamente nos infectando!

Assim é com o cartão de crédito: pode ser muito bom se for utilizado com um limite moderado, respeitando suas reais possibilidades de pagamento, levando em conta sua renda, de um lado, e suas demais obrigações financeiras, de outro. Mas, infelizmente, a coisa não se dá assim com a maior parte das pessoas: erra-se na dose… e paga-se alto preço por isso!

Pura Verdade

Percebe-se que algumas administradoras de cartão, quando estão definindo o tanto de crédito que irão oferecer ao cliente, tomam por base apenas sua renda mensal… e concedem um limite simétrico a ela: ganha R$ 1 mil? Vai levar os mesmos R$ 1 mil de limite! Daí eu lhe pergunto: como alguém, dotado de sã consciência financeira, pode sequer pensar em gastar no cartão exatamente tudo o que ganha? Essa conta fecha?

Como ficarão, então, as compras e gastos realizados através dos demais meios de pagamento, tipo o cartão de débito, o débito automático em conta, as transferências, os carnês, os cheques e as contas pagas em agência bancária ou com dinheiro vivo? E aquele tanto do salário que deve ser poupado (não gasto!) todos os meses? Como fica se tudo deve ir para pagar o cartão? Termina que, quem tem um limite inadequadamente alto, acaba não conseguindo quitar a integralidade da fatura no vencimento. O “sortudo” que conseguiu todo este crédito terá de usar o caríssimo crédito rotativo e, após 30 dias, será automaticamente direcionado para o também muito caro parcelamento do cartão. Você… não vai se trair com limite alto demais no cartão, vai?

Controle o limite do seu cartão de crédito, e as compras feitas com ele, para não descontrolar sua vida financeira toda

CONHECIMENTOS LOCALIZADOS
INSTRUMENTAIS DE CAPACITAÇÃO

Clic 1

Tenha, de preferência, um único cartão de crédito. Se quiser ter dois ou mais, que sejam aqueles de bancos digitais, que não cobram anuidade. De qualquer forma, o limite somado dos seus cartões de crédito não deve ultrapassar 50% da sua renda líquida no mês. Esta é sua única garantia de que terá o suficiente para pagar, com seu próprio salário (sua fonte primária e provavelmente, a única, de poder de compra imediato!) a integralidade da fatura na data.

Clic 2

Na virada da fatura, pegue o primeiro amarelinho, da primeira compra, dobre, junte-o ao cartão, e coloque a dupla na carteira. Na segunda compra, pegue o segundo amarelinho, some com o valor do primeiro (que deve ser descartado neste momento), anote à caneta o valor da soma no segundo papelzinho, dobre-o e guarde-o junto com o cartão. Vá sempre guardando com carinho esta dupla a cada compra, e quando puxar o amarelinho da sua carteira para um novo gasto, ele sempre lhe trará o valor já acumulado de compras no mês.

Chegou perto do limite? Tire o cartão para fora da carteira e guarde-o em casa, resgatando-o somente no mês seguinte. O mesmo efeito pode ser conseguido de forma mais tecnológica, através da consulta da fatura online atualizada, feita pelo seu smartphone imediatamente antes de cada gasto. Mas não se perca diante dessa facilidade, esquecendo-se de fazer a consulta, Ok?! Sabe como é, há casos em que tanta facilidade acaba nos deixando frouxos… e frouxidão nas decisões que envolvem dinheiro não combina direito com prosperidade, tá?!

Clic 3

Quem mata a vítima: o revólver… ou o atirador? Não diga: “Esse cartão está me levando para o buraco”! O cartão de crédito é apenas um meio de pagamento: o que faz a fatura vir mais alta que o recomendado é a grana que sai do seu bolso através do cartão! Isso tem a ver com seus hábitos de compra e consumo, os lugares que você frequenta, o que você costuma adquirir e quanto normalmente gasta nestes lugares, inclusive a frequência com que os visita. É tudo isso que deve ser questionado quando você sentar para planejar e controlar direito seu orçamento pessoal e familiar.

 

EMPODERAMENTO FINANCEIRO é… quando você vê seu cartão encostando NO LIMITE do mês, e sem dó nem piedade, sentencia: “SAIA DE CIRCULAÇÃO já agora, queridinho! Corra para a gaveta, que este mês a festa acabou. Mas… fique triste não, que no próximo mês TEM MAIS”!

Prof. Marcos Silvestre

Comentários

  1. Juliano C. Paiva disse:

    Olha, esse item é fundamental mesmo. Passei pela experiência de ter 3 cartões diferentes, que somavam quase 4 vezes minha renda “bruta”. Foi duro, mas ter escolhido apenas um cartão só com limite de “menos da metade” da minha renda líquida foi uma bela ajuda. Foi também libertador quanto ao “medo” de ter “apenas um cartão de crédito”. Deu tudo certo. Incentivo para quem não tem todo esse controle sobre os seus cartões.

  2. Rafael Filho disse:

    Se o banco respeitasse o contrato feito e mantivesse o limite inalterado também seria de grande ajuda para não precisarmos nos preocupar com mais um controle.

  3. jose carlos dos santos disse:

    Educação financeira deveria ser matéria obrigatória a partir dos sete anos de idade. O descontrole financeiro acaba com a saúde das pessoas e com a harmonia das familias. Saber quanto ganha é tão importante quanto saber gastar o que se ganha por mês. Quem dá valor ao seu dinheiro compra apenas o necessário, a vista e sempre economiza para os momentos mais dificeis da vida ou mesmo para ter uma aposentadoria mais tranquila.

  4. Ari de Souza Santos disse:

    Pois é, já vi muita gente afundar, hoje com tanta facilidade de crédito,tenho o pé no freio na hora de gastar,meus cartões são,um de débito e um de crédito sem anuidade, consigo controlar, meus pagamentos são sempre no cartão de débito,no cartão de crédito não chego a gás 10% do que recebo,me considero vencedor.

  5. Ines disse:

    Utilizo um único cartão de crédito para tudo, da compra de um cafezinho à pacotes de viagens e tenho controle absoluto das minhas contas. Pra mim, cartão de crédito é um aliado, e uma forma de realização dos meus projetos, mas o segredo é efetuar o pagamento integral, sempre dentro do orçamento.

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